Pobre poeta que fuma seus anseios Rasga seus meios Como quem fere a própria pele Indo fundo em um cerne Que habita o ínfimo da sua própria solidão Duvida da própria visão Deixando que razão Abandone o discernimento do coração Que cisma em ser apenas seu refém Amém! Já dizia seus santos Aos prantos Em ver seus cânticos Emudecerem aos ouvidos dos incompreendidos Feito o vício Dilacera o instinto Fazendo com o que sinto seja apenas um recinto Como um indício De más escolhas As folhas caem As palavras saem Mas acabo preso No mesmo Abraço Desregrando um compasso Atemporal Abissal Bem e mal O problema banal Da covardia ser dilema E desaguar em um poema sem final;
Yuri Cidade
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